sexta-feira, 24 de maio de 2013

Novidades despontam por aí


Agora trago a vocês uma nova opção de leitura para aqueles que curtem histórias fantásticas, com as mais variadas criaturas. Postarei, a partir de hoje, o livro Mistykais. Outra criação minha, mas esta é de meu tempo de infância. Já postei o prólogo. Acompanhem mais essa saga.

Mistykais - O livro Uno #1


Prólogo
Duas vidas, dois seres distintos, vidas entrelaçadas... As mãos de Deus se unirão diante das mais distintas nações, em meio ao caos das criaturas individualistas de mundos diversos. Os olhos daqueles cegos à verdade se abrirão ao ver seu equilíbrio abalado, aos ouvidos daqueles que não ouvem seu sono será tirado ao ouvir os gritos da escuridão. As bases sucumbirão quando a escuridão alcançar o fogo que lhes protege, suas almas perecerão diante do poder da criatura que com ela trouxera o significado do fim. Entretanto tal escuridão não esperasse por uma tamanha união de Inimigos mortais, a essência dos quatro dominantes será acompanhada de crianças, pois guardam em si o poder do equilíbrio que mantém a existência dos descrentes, que um dia provarão o doce fel da morte. E uma espada descerá pelo céu e abalará o que parece ser imutável. ”

††††††

Uma gargalhada sinistra soa das profundezas.
-Meus infelizes convidados... Por que não se divertem comigo?! Não sentem prazer em fazer os outros sentirem as piores sensações da mente?!-certo humor negro transbordava de seus olhos, nunca poderiam esquecer aquele rosto. Um longo manto negro lhe cobria, escondendo suas feições, porém não escondiam a mão transformada que apontava para todos.
-Kayron... – ofegava o pobre ser que estava preso por espinhos perfurando seu corpo - Tu pensas que pode conseguir tudo o que queres?! Sem que nada te aconteças?! Sabes bem o que virá, sabes mais do que qualquer ser que elas retornaram e seus poderes serão incontroláveis!!!
-Cale-se seu maldito!!! Você enoja a nossa raça ao fazer tais acordos com criaturas inferiores!!! Acha mesmo que pode me persuadir, Aydrian?
Mais uma vez a sinistra gargalhada entoa por todo o vasto salão. Um gigante ser move-se, frias correntes são forçadas, rugidos altos fazem o silêncio pairar como soberano novamente. Todos os olhares voltam-se para uma sombra projetada na parede daquele salão, uma criatura transformara-se e agora ria, os altos rugidos deram lugar a gargalhadas mortais.
-Acalme-se, seu cão imundo!!! Fique quieto, sua hora logo chegará!!!
Outro rosnado forte e mais ensurdecedor faz a voz de Kayron ser engolida em sua insignificância, o barulho forte do bater das correntes ecoa pelas paredes e uma sátira risada dá lugar aos rosnados.
-Acha mesmo que vou atender a você? O mais minúsculo, anódino e miserável de todos os seres!!! Não me faça rir!!!
-Sua criatura sem alma!
-Como se você fosse melhor do que eu! Pelo menos são meus instintos que me guiam, sem que eu carregue culpa, mas você age por razão e prazer, a pior das criaturas desalmadas!!!-um rugido acompanhou a última palavra.
-Pobre Kayron... - uma risada - Sofrerá muito mais do que nós, pois você penará pela própria vida, mas ela será tirada de você antes que você sinta!!!
-Silêncio, Edwal!!!! Por que ri de mim, se és tu que morrerás?!?!
-Por esta razão! Se eu sobreviver sofrerei a fúria daquelas que já causaram destruição!!! Pena que não viverei para rir na sua morte...
-Não se preocupe Edwal, que nesse dia tão belo eu te levarei flores, Kayron!!!-zombava o ser preso em correntes.
-Como ousa zombar de mim, se tu estás em condições piores!!!
Uma negra gargalhada soa da boca do acorrentado.
-Eu não estou em condições piores do que você!!! Tu serás perseguido, caçado e morto por um semelhante meu, porém será bem pior do que eu!!! Guarde minhas palavras!!! Desejará a morte a fitar os olhos de quem e caça!!!
-Kayron, meu irmão, desista do seu intento. Por mais que nos mate, não poderá lutar, nem se quer impedir que a profecia de Helen se concretize!!! Não há nada que impeça, nada nem ninguém...
-Cale-se Aydrian!!!
-Devia ouvir o que ele diz, Kayron, toda a natureza sente isso, todo o cosmo move-se para isso!!! A doce sinfonia da morte soa nos ventos, já está gerado e foi concebido... Não há como voltar atrás!!!
-Silêncio Edwal!!!
-Não se esqueça... No exato dia que você morrer, eu não te abandonarei e nesse dia tão magnífico te levarei flores...!!!
-Calado Chakhar!!!! Calem-se todos!!!! Agora irão morrer!!! Último selo: Domino-mortis spectry complus!!!!!
Tudo ficou negro, uma densa fumaça se formou e o silêncio reinou soberano. As vozes sumiram. Estava acabado.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

(5) M&L - O livro das conquistas


05
No salão do imperioso castelo dos Typhoon, envolvido por pedras pontiagudas e árvores frondosas, uma mulher caminha de um lado ao outro, impaciente, angustiada. Nas paredes frias do lugar, pinturas de seus antepassados vigiavam a mulher de longos fios presos numa trança impecável. O farfalhar de suas saias atraía a atenção de quem passasse por ali. No trono, silencioso e paciente, um homem mirava sua mulher que estava à beira do desespero. O homem, de queixo firme e aparência agradável, acariciava a cabeça de sua águia de estimação.
-Onde ela está?! Onde ela está Grys?! – bradava a mulher.
-Calma, Klea, ela logo estará aqui. Já mandei todos os meus soldados irem a sua busca. É uma questão de tempo para encontrarem ela! Paciência...
-Como pode me dizer para ter paciência e calma se sua filha está perdida na floresta, sozinha e indefesa!!! – Klea aproximou-se do trono – Minha luz! Minha linda luz! Ela nunca saiu de casa sem nós! E ainda me manda ter calma?!
O homem se levantou brutamente.
-E o que quer que eu faça?! – sua voz mansa agora estava alterada.
-Eu quero que monte em Aliestor, voe até aquela maldita floresta e traga Lillie de volta!!! – ela falou rispidamente.
-Eu ensinei Lillie a caçar e a se defender se fosse o caso – ele rebateu.
-Mas ela nunca caçou de verdade, tampouco foi atacada de verdade antes! – o rosto da mulher desfez-se em lágrimas – Eu só quero minha filha de volta!
-Não se preocupe... Metade das minhas tropas está há procura dela.
Um velho aproximou-se do casal.
O baque de sua bengala fez este o mirar. A aparência decrépita e assustadora causou repugnância tanto em Klea como em Grys. Vestido num sujo hábito marrom, o velho parou diante dos dois e exibiu um sorriso ainda mais assustador quanto a sua aparência. Na ponta de sua bengala, um cristal verde reluzia.
-Meus senhores – o velho, com dificuldade, fez a reverência – Eu tenho a informação necessária para encontrar sua jovem filha.
-Ora essa – adiantou-se Klea – Pois fale!
-Temo, minha senhora, que não poderei dar-lhe visto que não só a Cidadela de Alatu tem conhecimento do sumiço da pequena luz – o velho tossiu – E me pagariam caro para obter tão valiosa direção – um olhar perspicaz surgiu na face dele.
-O que quer em troca? – Grys se pronunciou.
-Case-me com a menina e eu lhe direi onde ela está, do contrário, outras cidadelas descobrirão a localização de Lillie...
-O quê?! Seu maldito... – Grys fora interrompido pelo soar das trombetas.
Repentinamente o salão foi invadido por inúmeros soldados envolvidos em rede púrpura e carregando suas espadas. O mais adiantado, sendo o líder do batalhão, fez reverência perante o Duxcis da Cidadela. Grys fez sinal para o líder se levantar. O homem, que possuía não mais que quarenta anos, mirou Grys.
-Senhor! Encontramos Lillie nos arredores da cidadela! – o homem pronunciou com segurança – Um jovem Viajante estava ao lado dela!

segunda-feira, 13 de maio de 2013

UMAS PALAVRAS... PONTO FINAL Informa

Use os marcadores para melhor devanear pelas postagens, para que no fim não se perca!
           
Seja esperto e use com moderação
O presidente malandro já sabe dessa

                                                                     
Aí manolo! Se liga na nova sangue-bom!

PAUSE... Para um comentário


Cartaz original do evento
O que dizem de novo, caríssimos?
Eu digo muita coisa e para isso que venho nessa manhã.
Trago notícias made in URCA saídas agora do forno para vocês que querem saber em primeira mão (mas não tem o hábito de visitar blogs de outros professores, por exemplo o do Prof. Edmar), venho aqui por meio deste avisar do SEALLi: SEMANA DE ESTUDOS SOBRE ENSINO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS E LITERATURAS. Vale a pena participar. Confira as fotos (perdoem o gráfico ruim das imagens, porque meu celular não é lá das melhores câmeras).
Fotos de celular
Muito Importante! (Fotos de celular)
Fotos de Celular
Muito importante! (fotos de celular)



 Email dos professores de cada GT:
1) Estudos Semânticos
     Responsável: Raimundo Luiz - raluna2003@yahoo.com
2)PIBID/Letras: Relatos e Experiência
     Responsável: Sandra Espínola - sandraeanjos@yahoo.com
3)Literatura de língua portuguesa e inglesa
     Responsável: Lúcia Agra - agramls2002@yahoo.com
4)Ensino de Línguas
     Responsável: Edmar Cialdine - ed0904@gmail.com

Vale lembrar que não é somente para o curso de Letras, áreas afins também podem participar do evento. Ele estará ocorrendo pela manhã e pela noite e infelizmente não terá minicurso. Outra coisa: o pagamento é por depósito, e este deve ser identificado, ou seja, na boca do caixa e a inscrição é feita mediante a apresentação do comprovante.
Participem, vale muito a pena!

por Ayanny P. Costa

sábado, 11 de maio de 2013

É MIL!

                                Ouça e comemore!                                                  

P.S - Obrigado pela colaboração de todos vocês, leitores e acompanhantes do blog.
UMAS PALAVRAS... PONTO FINAL agradece


sexta-feira, 10 de maio de 2013

UMAS PALAVRAS Informa

Por questões pessoais, estarei eventualmente excluindo um capítulo do livro "M&L - O livro das conquistas" à medida que eu for postando novos. Quem escreve sabe como é. Só disponibilizarei os capítulos anteriores mediante ao pedido por email somente para aqueles que seguirem o blog por questões de segurança. Agradeço a compreensão de todos os leitores.

(4) M&L - O livro das conquistas


04

Uma sensação quente subiu por seu corpo e quando deu por si, estava com os lábios presos aos de Mandraeke num forte beijo de carinho. Já se sentira apaixonada por homens, mas nunca ao ponto de beijá-los repentinamente. Os dois jovens abraçaram-se com força e compartilharam as emoções na flor da pele naquele beijo sob a luz do luar. Novos beijos brotaram do coração de Lillie e Mandraeke recebera cada qual como se fosse único. Por fim se encararam.
As respirações descompassadas, mas juntas. Os rostos suados e unidos pelas testas. Os lábios distantes, mas próximos o suficiente para se ligarem novamente. Os braços e as mãos mantinham o calor daquela paixão viva. Os olhos mirando-se sem pressa, com carinho e contemplação. Mais um beijo.
Era primeira vez na vida de Mandraeke que ele se sentira tão atraído por alguém e ainda mais sendo desconhecido. No fundo de sua alma queria ficar para sempre ao lado daquela garota de cabelos acobreados. Sentia o desejo de viver uma vida inteira com Lillie e para sempre amá-la e protegê-la. Mas não podia. Seus caminhos não poderiam se entrelaçar daquela maneira. Ela era uma Typhoon e se soubesse quem ele realmente era, o abandonaria sem pestanejar. Outro beijo com mais carinho.
-Não podemos – ele indagou.
-Tudo bem... Em minha terra garotas como eu já tem filhos – Lillie sorriu e o abraçou com força, fazendo-o retribuir o abraço com um beijo – Meu pai ficará feliz se souber que já sei com quem irei me casar no próximo verão.
-O quê? – Mandraeke afastou-se bruscamente de Lillie – Não pode... Quero dizer, não posso casar-me com você!
-Por quê? – Lillie sentiu uma intensa vontade de chorar – Você queria só se aproveitar de mim, é isso? – Mandraeke negou imediatamente. Era preciso contar a verdade. O rapaz correu até ela e a abraçou – Por que você não quer ficar comigo?
-Eu quero. Pelos céus, como eu quero ficar com você! – ele sussurrou – É primeira vez que me sinto assim, com vontade de ficar para sempre ao lado de alguém, lhe juro! Mas não posso – Lillie, angustiada, o encarou – Somos de mundos diferentes destinados a viver separados – ela se desvencilhou dele – Nascemos para sermos inimigos, não amantes! – eles se encararam.
-Do que está falando?
-Meu nome – o garoto se engasgou com as próprias lágrimas que ele insistia em prender – Meu nome é Mandraeke Aequoreas, o Amaldiçoado, filho de Dokar, líder dos Viajantes – Lillie assombrou-se. Os Viajantes era uma frota de lutadores poderosos que aportavam de ilha em ilha matando e saqueando toda cidade que viam. Eram inimigos declarados de seu povo desde muito antes do tempo.
-Então o que faz aqui? Veio me sequestrar?!
-Não! Nunca! Jamais! – Mandraeke não pode segurar mais as lágrimas – Eu fui amaldiçoado no meu nascimento e quando completei onze anos fui expulso de meu próprio lar, pela minha própria mãe! Roubei a espada que forjaram para mim, pois meu pai negou-me o direito de usá-la! – o corpo do rapaz caiu de joelhos – Estou vagando sozinho por essa terra há tantos anos com fome e cansaço, escapando de todos os perigos que o destino colocou em meu caminho... Tudo o que me restou foi minha missão de passagem... E ainda sim é morte na certa...
Lillie também chorava.
Apaixonara-se por aquele garoto magricela que há tanto tempo sofria e agora descobria que o destino arquitetara contra os dois para que nunca ficassem juntos. Mandraeke enxugou suas lágrimas e se levantou alegando estar acostumado com o sofrimento e que ela não deveria se preocupar. Sussurrava que ficaria tudo bem no fim das contas. Lillie sabia que não e também sentia que aquele era o seu escolhido. 

Contos da Meia-Noite

Conto III


         Dezoito. Essa era a quantidade horas que meu namorado estava a encarar dois psiquiatras, que se revesavam de vez em quando, e cinco policiais. Tudo o que ele expressava era um efêmero sorriso quando os psiquiatras trocavam de lugar, que sumia tão logo quando os policiais lhe apontavam as armas. Sua respiração compassada por baixo da camisa branca marcava sua tranquilidade. Ele estava amarrado a uma cadeira de ferro soldada no chão. Eu tinha a sensação que ele sabia que eu estava observando-o o tempo todo, do outro lado de um espelho-vidro. 
          Jeremias, esse é o seu nome. Nunca um nome foi tão temido desde Hannibal Lecter. Um nome bobo, eu sei. Era o que ele sempre me dizia quando dormíamos juntos. "Jeremias... Que nome bobo minha mãe escolheu para mim, não? Poderia ter sido outro..". Quem diria? Lá estava eu fitando, com os olhos vermelhos e molhados de tanto chorar por horas, o homem que sempre amei. Apenas durante uma hora me deixavam entrar no local. Diziam que era um forma de Jeremias contar tudo, mas sua boca estava selada num sorriso macabro. Nem mesmo meus pedidos e clamores o faziam falar.
          Fecharam-se as vinte e quatro horas. Nenhuma palavra, nenhum momento de sono, ninguém retrucou nada, seu comportamento estava intacto. Libertaram-no. Não tinham provas de que Jeremias era o culpado por todos os alunos de nossa turma que ficaram psicologicamente transtornados depois de ouvirem sua apresentação de um trabalho de filosofia. Quando voltamos para casa fizemos amor. Jeremias me disse que a única forma de ter se mantido tranquilo fora pensar em mim o tempo inteiro.
           -Eu te amo Ana- ele sussurrou, abraçando-me carinhosamente - Eu realmente te amo.
           -Eu também - beijamo-nos - Mas por que eles acusaram você?
           Novamente aquele sorriso.
         Jeremias levantou-se da cama e foi até o guarda-roupa. No caminho, ele terminava de se vestir sem pressa e com certa elegância. Tirou de lá uma mochila grande. Ele a abriu e conferiu todos os objetos que haviam ali: variavam desde roupas até documentos. Em seguida colocou a mochila no canto da porta. Jeremias vestiu apenas uma calça jeans surrada e uma blusa branca, mas retirou do guarda-roupa seu casaco preferido, longo e preto, e vestiu-o. Fiquei observando-o organizar-se como num ritual.
         Retirou dois últimos objetos de lá. Eles cintilavam e pareciam serem feitos de ferro. Jeremias notou minha curiosidade e me mostrou os objetos. Duas armas iguais. Ele as colocou na parte de trás de sua calça e foi até a porta. Rapidamente me levantei da cama, pouco me importando com a falta de roupa em meu corpo. Eu o abracei com força, quase querendo tomar as armas dele.
           -Até que se prove o contrário, não existe homens inocentes, certo? - ele proferiu - Eu te amo demais para permitir que sofra... - ele me beijou - Não há como provar, mas realmente eu fiz o que eles disseram - Jeremias foi até a cama e pegou um lençol, envolvendo-me com ele - Eu queria provar ao meu professor que a sanidade não existia, independente do que se faça e consegui. Transformei uma turma de alunos em loucos completos, porque essa é verdadeira essência humana...
            -Mas o que fará se descobrirem a verdade?
         -Eles nunca descobriram, porque a verdade é escura demais para que os olhos deles possam enxergar e nenhuma luz sobre ela poderá dissipar a escuridão, apenas a luz tênue de uma vela.
            -Mas do que você está falando?
            Ele me beijou.
          -Não se preocupe. Algum dia virei libertá-la, tal como eu libertei - ele sorriu - A verdade vem para todos, meu amor, mais cedo ou mais tarde.
         Um novo beijo e o vi sair pela porta. Sua sombra foi desaparecendo na medida em que ele ia cerrando a porta atrás de si. Desejei falar-lhe algo, mas minha boca não se movia mais.


*****
Recorte de um jornal local:
Tiragem de 15/05/2012
Subiu para 67 o número de pessoas encontradas em estado catatônico. Todos os pacientes possuem as mesmas características: posicionadas de maneira vertical, com a face voltada para o alto, nenhum impulso motor evidente, nenhuma resposta a estímulos das mais diversas naturezas, baixos sinais vitais e pouca atividade cerebral. A causa ainda é desconhecida. Médicos afirmam que a causa, apesar de desconhecida, não pode advir de doenças, tampouco de venenos, posto que grupos inteiros foram encontrados na mencionada situação e nenhum indício para tais foram encontrados pela polícia local. O Instituto Médico Legal admitiu, em nota para a imprensa, que apenas uma das 67 vítimas, uma jovem de apenas 17 anos, conseguiu sair do estado vegetativo sem o auxílio de medicamentos, isto é, por conta própria, mas esta foi dada por desaparecida no dia 01/05/2012, depois de receber a visita de seu suposto marido. Nenhum vestígio de fuga fora encontrado no quarto da paciente por nome de Ana. A polícia acredita que ela tenha escapado pela porta da frente juntamente com seu parceiro, no entanto as câmeras de seguranças filmaram o homem sendo revistado por policiais que vigiam o local, e saindo sozinho pela citada porta. Nenhum paciente recuperou-se depois do desaparecimento da jovem.


por Ayanny P. Costa

quinta-feira, 9 de maio de 2013

UMAS PALAVRAS... PONTO FINAL Informa

Caso algum leitor deseja contribuir com obras, literárias ou não para o blog, sejam elas contos, poemas, resumos, resenhas, romances, enfim... As mais diversas criações, aqui apresento um email para isso.
Peço a todos que enviarem suas criações (claro, terão as autorias devidamente colocadas no blog), terão que apresentar as seguintes informações no email de envio:

Assunto: UMAS PALAVRAS PONTO FINAL
Email para enviar: letras.urca.foco@gmail.com
No corpo do email:   Nome do autor (obrigatório)
                              Pseudônimo ou Apelido (facultativo)
                              Gênero
                              Assunto do texto
                              Email para contato
                              Arquivo contendo o texto


Após a devida análise do texto, um email será enviado confirmando o recebimento e a publicação do texto no blog. Nenhum texto que vai contra os direitos humanos, bem como faça apologia à conceitos preconceituosos sem uma justificativa clara, ou que faça propaganda, bem como conteúdo imoral será publicado.

Obrigada.


terça-feira, 7 de maio de 2013

Branca de Fome - Parte Final


Branca pega rapidamente Lampião no colo e corre para fora da fazenda, descalça, pisando na jurema e ferindo seus pés cheios de calos. Ela corria sem importar com a dor, queria fugir com o seu cachorro, que tanto amava. Ao olhar para trás viu que estava sendo seguida pelos mesmos homens que machucaram Toinha e Lampião.
A moça apertou o passo e não cessou a corrida.
Os homens vinham a galope e aceleravam.
Enquanto isso as balas eram trocadas na frente da fazenda. Jango chegara com os reforços para Venâncio. Trazia consigo mais dez homens, sem contar com o Coronel e seu filho, Miguel Lourival.
Mal desceram dos cavalos começaram a disparar contra a fazenda.
-ATIREM!!! – gritou o Coronel – Eu num quero um cabra desse vivo antes do almoço!!! Matem tudim!!!
Nesse instante Rainha surgiu na sacada, ela carregava outra espingarda e atirava contra o Coronel.
-Ocê tá pensando que é quem pra chegar na minha propriedade e atirá a torto e a direito!!! – gritou Rainha.
-Cale a boca sua jararaca!!! Ocê tá cum a muié que meu fí quer pra casar!!! Liberte ela ligero!!!
E as balas não paravam. Dois homens de Rainha já estavam mortos, enquanto Ariovaldo estava com a perna baleada. Miguel aproximou-se do pai com um revolver empunhado e atirando.
-Pai! Cadê Branca?!
-Parece que tá lá dentro!
-Pois eu vô buscar ela é agora!!! – gritou o rapaz.
-Nem pensá!!! – gritou Vieira.
-Oxe e por quê? É a muié que eu amo!!!
-Ela tá é ali! – Vieira aponta para um corpo magrinho correndo carregando um pequeno corpo nos braços e com três homens a cavalo em seu encalço. Miguel correu para seu cavalo e montou, Vieira e Venâncio fizeram o mesmo para ajudar o rapaz em seu intento.
Ao olhar novamente para trás Branca caíra, pois tropeçara numa pedra e machucara o seu dedão. Lampião fora lançado um pouco mais frente, rolando na terra seca, fazendo poeira subir. Ela chora e se arrasta até o amigo com as poucas forças que lhe restava. Branca abraça o amigo, que acordara milagrosamente e logo se pusera na defesa de sua amiga. O cão latia contra os cavalos, assustando-os e afastando-os o quanto podia de Branca. Um dos jagunços ergueu uma pistola e mirou no cachorro.
Branca vira e se colocara no caminho.
-Não!!! – ela gritara com os olhos fechados, abraçando Lampião e dando as costas ao jagunço.
Ela ouviu um tiro.
Pensou que era para si, mas na verdade foi para o jagunço que levantara a pistola e mirara em seu cachorro. Com olhos marejados e vermelhos, Branca viu o corpo despencar do cavalo enquanto o animal corria as pressas para longe do atirador, assustado com o barulho da bala. A moça vê uma batalha travar-se diante de si.
Miguel ao ver um homem apontar uma pistola contra o cachorro de Branca apertou ainda mais o passo, fazendo o cavalo quase voar sobre a terra rachada. Então sua visão foi assombrada por uma cena: Branca coloca-se no caminho da bala abraçando Lampião no desejo de salvá-lo da morte. Miguel se desespera e atira inconscientemente no jagunço, amedrontando o cavalo e matando o homem.
Venâncio e Vieira começam a atacar os outros dois jagunços para que Miguel pudesse chegar até Branca e salvá-la.
-Venha Branca! Vamo simbora daqui! – Miguel desce do cavalo e pega a moça nos braços, colocando-a em seguida sobre o eqüino.
-Lampião! Num se esqueça de Lampião!!!
Miguel pega o cão com cuidado e coloca-o sobre o colo de Branca. O canino é recebido aos mimos e são todos retribuídos a menina através de calorosas lambidas. O rapaz volta aos galopes à fazenda Raio de Sol, pois Venâncio e Vieira conseguiram eliminar os outros dois jagunços. Todos se reuniram, no fim do tiroteio, na varanda quase destruída de Rainha.
João e Jango foram buscar Toinha depois de muita insistência de Branca. Rainha e seus jagunços foram todos mortos na contenda. Branca estava salva e estava sendo cuidada por sua mãe de criação.
Lampião foi considerado o grande herói de toda a história.
-Eu num tô lhe dizendo, homem, que o cachorro foi atrás de nois pra dizer que Branca tinha sido levada!!! – repetia Ariovaldo, com a perna enfaixada, sentado na varanda – Num foi não Nhô Venâncio?
-Ora se num foi?! O sinhô Coronel ainda duvida?
-Pois eu tô precisando dum cachorro desse! – brincou o Coronel.
Todos riram da brincadeira.
Lampião fora agraciado com todos os mimos que sua dona e amiga poderia lhe dar. Variando entre afagos e beijos. Toinha agradecia a todos os anjos e santos do céu por ver sua filha do coração sã e viva.
O Coronel aproximou-se devagar de Branca, ajeitando seu chapéu branco sobre a cabeça e exibindo seu melhor sorriso. Perto de si trazia Miguel, que vinha com os braços atrás do corpo e pouco de timidez. Branca viu o rapaz e o puxou pela mão para mais perto de si, ao ponto de que conseguira dar um leve beijo nos lábios trêmulos do rapaz. Toinha se levantou devagar, com as mãos na cintura, colocando-se entre Branca e Miguel, se mostrava desconfiada, olhando pelo canto do olho para o rapaz. Acanhado Miguel voltou para perto do pai.
-Quais é suas intenções? – resmungou Toinha.
O Coronel respondeu pelo filho.
-Meu filho casar cum sua fia! Desde o dia que levou uma baldada dela na cabeça que ele não esquece essa menina!
-Hum...! Num sei não!
-Minhas intenções são boas! – prontificou-se Miguel – Eu só quero dá a vida que Branca nunca teve na vida! Dá de comer, de beber, o que vestir, um lugá bom pra morar e proteção!
-Se Branca quisé... – disse Toinha voltando aos curativos dos pés da menina – Ocê casa! Mas tem que levá eu junto!
-Eu levo! Eu levo! Se Branca quisé eu como seu esposo...
-Eu quero! – disse Branca colocando-se de pé.
Miguel abraçou a moça e outro beijo, dessa vez mais demorado, foi trocado pelo casal. Os cangaceiros urraram de alegria juntamente com os jagunços do Coronel. Branca impôs ainda mais duas condições para se casar com Miguel: primeiro, Lampião iria com ela e seria seu cão de guarda, segundo, os cangaceiros seriam seus guarda-costas pessoais.
O Coronel aceitou ambas as condições.
Todos foram a galope para a fazenda do Coronel organizar o casamento de Branca com Miguel. Alguns tiveram que dividir os cavalos entre duas pessoas, pois Toinha foi também.
-Mas me diga meu filho – o Coronel chegou perto, com seu cavalo, do cavalo cuja Branca, Miguel e Lampião iam montados – Cuma é o nome dessa moça? Por que ocê sabe que ela tem que assinar um documento.
Miguel nem precisou responder. Sua noiva se ocupou com isso.
-Ora seu Coronel! Nome eu num sabia não, mas agora eu sei!
-E qual é?
-Branca!!!

Branca de Fome - parte 5



Branca mostrou a língua a Rainha quando a mesma virou o rosto para frente. A menina temia que Venâncio não soubesse o que Lampião estava querendo demonstrar no momento em que o cão o encontrasse. Temia que não fosse salva e temia, ainda mais, ser vendida a um homem que desconhecia as mania e que se mostrava vulgar.
Rápido como um pé de vento Lampião encontrou o bando de Venâncio. Seu faro aguçado jamais lhe abandonara, principalmente nos momentos mais precisos como aquele. Ao ver o ancião de chapéu de couro escorado a um juazeiro e Venâncio sentado a sombra do mesmo partiu em disparada até ele.
Cada segundo era importante.
Lampião tinha que ser preciso e direto, se não sua amiga iria para longe e ele nunca mais a veria.
O resto dos homens conversava folgadamente sobre banalidades que viram e ouviram na cidade. Venâncio, graças aos seus instintos já treinados, sentiu que alguma coisa se aproximava dali. Levantou-se e segurou com firmeza sua espingarda. Vieira seguiu o olhar de Venâncio e procurou o que poderia estar alarmando o líder do grupo.
Viu uma nuvem de poeira aproximar-se com rapidez.
Ajeitou os óculos redondos diante do nariz e se concentrou no intuito de entender o que estava acontecendo. Venâncio relaxou ao ver que era Lampião que se aproximava as pressas, ao contrário de Vieira.
O cachorro chegou e começou a latir com ferocidade.
O cangaceiro não entendeu a atitude do canino.
-Oxe Lampião! O que é que tu quer?
E cachorro latia, dando saltos e rodopios, sempre direcionando seu focinho para a direção de onde viera. Vieira, sagaz como era, entendeu o que o animal estava tentando repassar.
Segurou no ombro de Venâncio com preocupação.
-Venâncio, homem, vamo simbora!
-Que foi cabra?
-Oxe que Lampião tá aqui, mas Branca num tá! Homem! Esse cachorro só larga a menina quando ela tá tomando banho e mal! Fica vigiando a porta como quem diz que ninguém vai chegá perto! Venâncio vamo simbora! Vai que o cachorro tá dizendo que Branca foi levada!
-E num é que é mermo! Chico das Pedas! – o robusto homem queimado pelo sol com um chapéu de couro semelhante ao de Vieira se aproximou – Vá ligero até a casa de seu Coronel Rodrigues dos Matos Alencar e diga que a menina que tinha prometido pra casar com o sinhorzinho Miguel foi levada por Rainha!
-Sim sinhô!
-E ande cabra! Vá mais rápido que chuva em seca!!! Cuide!!!
Chico das Pedas subiu em seu cavalo e foi rápido cidade a dentro, levantando uma densa nuvem de poeira.
-Vamo os homem! Vamo atrás daquela cobra criada e tirá Branca daquele buraco do demônio!
Os homens gritaram ao comando do líder e subiram em seus cavalos. A carreira foi uma só. Lampião ia à frente, guiando fielmente os cangaceiros até a sua antiga morada. O canino estava disposto a dar a vida por sua salvadora e amiga. Mesmo sem palavras, Lampião dizia “Eu te amo” todas as vezes que deitava no colo de Branca, à noite, quando a menina ia dormir. Amava-a mais que o próprio Miguel, quase igual a Deus.
Em duas horas já estavam diante das porteiras da fazenda Raio do Sol. As portas da casa estavam bem guardadas por alguns jagunços de Rainha, todos empunhavam espingardas e todos eles exibiam caras maldosas. Mas isso não intimidou Venâncio.
Ele levantou sua arma para o alto e deu um tiro de aviso.
-Se num deixá Branca ir simbora cum nois, tu vai levar sal grosso nos couro Rainha!!! – gritou Venâncio – Ocê num vai saí viva nem que num queira se num deixá Branca saí!!!
Os jagunços de Rainha começaram a atirar nos cangaceiros, contudo esses já estavam acostumados com os tiroteios e não arredaram o pé dali, em respostas atiravam nos jagunços. Lampião aproveitou essa distração e se embrenhou pela jurema que contornava a fazenda, para chegar sem ser percebido a porta dos fundos como sua dona lhe ensinara.
O som das balas atingindo as paredes da casa, de homens sendo atingidos e xingando a própria sorte acordou Rainha de seu sono de beleza. Branca, que estava na cozinha amarrada dentro de um armário, começou a gritar desesperadamente por ajuda.
Toinha, sentindo um forte aperto no peito, libertou a menina. Branca abraçou sua mãe de criação e decidiu ali mesmo que a levaria consigo para cozinhar para o bando de Venâncio, Toinha aceitou sem pensar duas vezes. Nesse momento Lampião chegou aos pulos, latindo forte para assustar que estivesse na cozinha.
Branca apertou o amigo em seus braços, banhando o canino com suas lágrimas de alegria e estima. O cachorro lambia o rosto da menina mostrando em seu linguajar o quanto estava feliz em vê-la viva e bem.
Os três decidem sair por trás da fazenda, mas era tarde.
Rainha chegou repentinamente com mais três jagunços e prendeu Branca depois de muitas tapas que Toinha deu em dois dos três jagunços. A negra caiu desmaiada no chão da cozinha no momento em que um terceiro jagunço atingiu-a com o cabo da espingarda na cabeça.
Branca chorou em desespero.
-Mamãe!!! – gritou a menina – Minha mamãe!!!
O mesmo aconteceu ao Lampião.
-Lampião!!! – a menina segura com firmeza uma panela e atinge a cabeça do jagunço que a segurava.

CONTINUA...

sábado, 4 de maio de 2013

Tem coisas que merecem nossa atenção.


Bom dia visitantes!
Sentiram minha falta? Pois bem, venho por meio destas informar uma boa e uma má notícia. Qual vocês querem primeiro? Oh, dúvida cruel! Darei as duas então...
Sabem aquele cara que se perguntava "Que país é esse?" quando via o Brasil sofrendo, aquele cara que nos confortava dizendo que "O sol vai voltar amanhã mais uma vez", aquele cara que falava do amor entre "Eduardo e Mônica", que era e "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã", e que no fim das contas acreditava na "Geração Coca-cola"? Conhecem?
Essa é boa notícia: estreou ontem, em todo o Brasil (exceto no Juazeiro, e essa é a má, porque o cinema só vai abrir em Agosto... A gosto de Deus) o filme Somos Tão Jovens, contando um pouco da vida do cara que influenciou uma Legião inteira de jovens por todo o país.
Seguem os cartazes do filme e o trailler.
Divirtam-se!




Trailler:



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