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segunda-feira, 27 de maio de 2013
sábado, 25 de maio de 2013
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Novidades despontam por aí
Mistykais - O livro Uno #1
Prólogo
Duas vidas, dois seres distintos, vidas entrelaçadas... As mãos de Deus se unirão diante das mais distintas nações, em meio ao caos das criaturas individualistas de mundos diversos. Os olhos daqueles cegos à verdade se abrirão ao ver seu equilíbrio abalado, aos ouvidos daqueles que não ouvem seu sono será tirado ao ouvir os gritos da escuridão. As bases sucumbirão quando a escuridão alcançar o fogo que lhes protege, suas almas perecerão diante do poder da criatura que com ela trouxera o significado do fim. Entretanto tal escuridão não esperasse por uma tamanha união de Inimigos mortais, a essência dos quatro dominantes será acompanhada de crianças, pois guardam em si o poder do equilíbrio que mantém a existência dos descrentes, que um dia provarão o doce fel da morte. E uma espada descerá pelo céu e abalará o que parece ser imutável. ”
††††††
Uma gargalhada sinistra soa das profundezas.
-Meus infelizes convidados... Por que não se divertem comigo?! Não sentem prazer em fazer os outros sentirem as piores sensações da mente?!-certo humor negro transbordava de seus olhos, nunca poderiam esquecer aquele rosto. Um longo manto negro lhe cobria, escondendo suas feições, porém não escondiam a mão transformada que apontava para todos.
-Kayron... – ofegava o pobre ser que estava preso por espinhos perfurando seu corpo - Tu pensas que pode conseguir tudo o que queres?! Sem que nada te aconteças?! Sabes bem o que virá, sabes mais do que qualquer ser que elas retornaram e seus poderes serão incontroláveis!!!
-Cale-se seu maldito!!! Você enoja a nossa raça ao fazer tais acordos com criaturas inferiores!!! Acha mesmo que pode me persuadir, Aydrian?
Mais uma vez a sinistra gargalhada entoa por todo o vasto salão. Um gigante ser move-se, frias correntes são forçadas, rugidos altos fazem o silêncio pairar como soberano novamente. Todos os olhares voltam-se para uma sombra projetada na parede daquele salão, uma criatura transformara-se e agora ria, os altos rugidos deram lugar a gargalhadas mortais.
-Acalme-se, seu cão imundo!!! Fique quieto, sua hora logo chegará!!!
Outro rosnado forte e mais ensurdecedor faz a voz de Kayron ser engolida em sua insignificância, o barulho forte do bater das correntes ecoa pelas paredes e uma sátira risada dá lugar aos rosnados.
-Acha mesmo que vou atender a você? O mais minúsculo, anódino e miserável de todos os seres!!! Não me faça rir!!!
-Sua criatura sem alma!
-Como se você fosse melhor do que eu! Pelo menos são meus instintos que me guiam, sem que eu carregue culpa, mas você age por razão e prazer, a pior das criaturas desalmadas!!!-um rugido acompanhou a última palavra.
-Pobre Kayron... - uma risada - Sofrerá muito mais do que nós, pois você penará pela própria vida, mas ela será tirada de você antes que você sinta!!!
-Silêncio, Edwal!!!! Por que ri de mim, se és tu que morrerás?!?!
-Por esta razão! Se eu sobreviver sofrerei a fúria daquelas que já causaram destruição!!! Pena que não viverei para rir na sua morte...
-Não se preocupe Edwal, que nesse dia tão belo eu te levarei flores, Kayron!!!-zombava o ser preso em correntes.
-Como ousa zombar de mim, se tu estás em condições piores!!!
Uma negra gargalhada soa da boca do acorrentado.
-Eu não estou em condições piores do que você!!! Tu serás perseguido, caçado e morto por um semelhante meu, porém será bem pior do que eu!!! Guarde minhas palavras!!! Desejará a morte a fitar os olhos de quem e caça!!!
-Kayron, meu irmão, desista do seu intento. Por mais que nos mate, não poderá lutar, nem se quer impedir que a profecia de Helen se concretize!!! Não há nada que impeça, nada nem ninguém...
-Cale-se Aydrian!!!
-Devia ouvir o que ele diz, Kayron, toda a natureza sente isso, todo o cosmo move-se para isso!!! A doce sinfonia da morte soa nos ventos, já está gerado e foi concebido... Não há como voltar atrás!!!
-Silêncio Edwal!!!
-Não se esqueça... No exato dia que você morrer, eu não te abandonarei e nesse dia tão magnífico te levarei flores...!!!
-Calado Chakhar!!!! Calem-se todos!!!! Agora irão morrer!!! Último selo: Domino-mortis spectry complus!!!!!
Tudo ficou negro, uma densa fumaça se formou e o silêncio reinou soberano. As vozes sumiram. Estava acabado.
terça-feira, 21 de maio de 2013
segunda-feira, 20 de maio de 2013
(5) M&L - O livro das conquistas
05
No
salão do imperioso castelo dos Typhoon, envolvido por pedras pontiagudas e
árvores frondosas, uma mulher caminha de um lado ao outro, impaciente,
angustiada. Nas paredes frias do lugar, pinturas de seus antepassados vigiavam
a mulher de longos fios presos numa trança impecável. O farfalhar de suas saias
atraía a atenção de quem passasse por ali. No trono, silencioso e paciente, um
homem mirava sua mulher que estava à beira do desespero. O homem, de queixo
firme e aparência agradável, acariciava a cabeça de sua águia de estimação.
-Onde ela está?!
Onde ela está Grys?! – bradava a mulher.
-Calma, Klea,
ela logo estará aqui. Já mandei todos os meus soldados irem a sua busca. É uma
questão de tempo para encontrarem ela! Paciência...
-Como pode me
dizer para ter paciência e calma se sua filha está perdida na floresta, sozinha
e indefesa!!! – Klea aproximou-se do trono – Minha luz! Minha linda luz! Ela
nunca saiu de casa sem nós! E ainda me manda ter calma?!
O homem se
levantou brutamente.
-E o que quer
que eu faça?! – sua voz mansa agora estava alterada.
-Eu quero que
monte em Aliestor, voe até aquela maldita floresta e traga Lillie de volta!!! –
ela falou rispidamente.
-Eu ensinei
Lillie a caçar e a se defender se fosse o caso – ele rebateu.
-Mas ela nunca
caçou de verdade, tampouco foi atacada de verdade antes! – o rosto da mulher
desfez-se em lágrimas – Eu só quero minha filha de volta!
-Não se
preocupe... Metade das minhas tropas está há procura dela.
Um velho
aproximou-se do casal.
O baque de sua
bengala fez este o mirar. A aparência decrépita e assustadora causou
repugnância tanto em Klea como em Grys. Vestido num sujo hábito marrom, o velho
parou diante dos dois e exibiu um sorriso ainda mais assustador quanto a sua
aparência. Na ponta de sua bengala, um cristal verde reluzia.
-Meus senhores –
o velho, com dificuldade, fez a reverência – Eu tenho a informação necessária
para encontrar sua jovem filha.
-Ora essa –
adiantou-se Klea – Pois fale!
-Temo, minha
senhora, que não poderei dar-lhe visto que não só a Cidadela de Alatu tem
conhecimento do sumiço da pequena luz – o velho tossiu – E me pagariam caro
para obter tão valiosa direção – um olhar perspicaz surgiu na face dele.
-O que quer em
troca? – Grys se pronunciou.
-Case-me com a
menina e eu lhe direi onde ela está, do contrário, outras cidadelas descobrirão
a localização de Lillie...
-O quê?! Seu
maldito... – Grys fora interrompido pelo soar das trombetas.
Repentinamente o
salão foi invadido por inúmeros soldados envolvidos em rede púrpura e
carregando suas espadas. O mais adiantado, sendo o líder do batalhão, fez
reverência perante o Duxcis da Cidadela. Grys fez sinal para o líder se
levantar. O homem, que possuía não mais que quarenta anos, mirou Grys.
-Senhor!
Encontramos Lillie nos arredores da cidadela! – o homem pronunciou com
segurança – Um jovem Viajante estava ao lado dela!
segunda-feira, 13 de maio de 2013
UMAS PALAVRAS... PONTO FINAL Informa
PAUSE... Para um comentário
Eu digo muita coisa e para isso que venho nessa manhã.
Trago notícias made in URCA saídas agora do forno para vocês que querem saber em primeira mão (mas não tem o hábito de visitar blogs de outros professores, por exemplo o do Prof. Edmar), venho aqui por meio deste avisar do SEALLi: SEMANA DE ESTUDOS SOBRE ENSINO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS E LITERATURAS. Vale a pena participar. Confira as fotos (perdoem o gráfico ruim das imagens, porque meu celular não é lá das melhores câmeras).
Fotos de celular |
Muito Importante! (Fotos de celular) |
Fotos de Celular |
Muito importante! (fotos de celular) |
Email dos professores de cada GT:
1) Estudos Semânticos
Responsável: Raimundo Luiz - raluna2003@yahoo.com
2)PIBID/Letras: Relatos e Experiência
Responsável: Sandra Espínola - sandraeanjos@yahoo.com
3)Literatura de língua portuguesa e inglesa
Responsável: Lúcia Agra - agramls2002@yahoo.com
4)Ensino de Línguas
Responsável: Edmar Cialdine - ed0904@gmail.com
Vale lembrar que não é somente para o curso de Letras, áreas afins também podem participar do evento. Ele estará ocorrendo pela manhã e pela noite e infelizmente não terá minicurso. Outra coisa: o pagamento é por depósito, e este deve ser identificado, ou seja, na boca do caixa e a inscrição é feita mediante a apresentação do comprovante.
Participem, vale muito a pena!
por Ayanny P. Costa
sábado, 11 de maio de 2013
É MIL!
sexta-feira, 10 de maio de 2013
UMAS PALAVRAS Informa
Por questões pessoais, estarei eventualmente excluindo um capítulo do livro "M&L - O livro das conquistas" à medida que eu for postando novos. Quem escreve sabe como é. Só disponibilizarei os capítulos anteriores mediante ao pedido por email somente para aqueles que seguirem o blog por questões de segurança. Agradeço a compreensão de todos os leitores.
(4) M&L - O livro das conquistas
04
Uma sensação quente subiu por seu corpo e quando deu
por si, estava com os lábios presos aos de Mandraeke num forte beijo de
carinho. Já se sentira apaixonada por homens, mas nunca ao ponto de beijá-los
repentinamente. Os dois jovens abraçaram-se com força e compartilharam as
emoções na flor da pele naquele beijo sob a luz do luar. Novos beijos brotaram
do coração de Lillie e Mandraeke recebera cada qual como se fosse único. Por
fim se encararam.
As respirações
descompassadas, mas juntas. Os rostos suados e unidos pelas testas. Os lábios
distantes, mas próximos o suficiente para se ligarem novamente. Os braços e as
mãos mantinham o calor daquela paixão viva. Os olhos mirando-se sem pressa, com
carinho e contemplação. Mais um beijo.
Era primeira vez
na vida de Mandraeke que ele se sentira tão atraído por alguém e ainda mais
sendo desconhecido. No fundo de sua alma queria ficar para sempre ao lado
daquela garota de cabelos acobreados. Sentia o desejo de viver uma vida inteira
com Lillie e para sempre amá-la e protegê-la. Mas não podia. Seus caminhos não
poderiam se entrelaçar daquela maneira. Ela era uma Typhoon e se soubesse quem
ele realmente era, o abandonaria sem pestanejar. Outro beijo com mais carinho.
-Não podemos –
ele indagou.
-Tudo bem... Em
minha terra garotas como eu já tem filhos – Lillie sorriu e o abraçou com
força, fazendo-o retribuir o abraço com um beijo – Meu pai ficará feliz se
souber que já sei com quem irei me casar no próximo verão.
-O quê? – Mandraeke
afastou-se bruscamente de Lillie – Não pode... Quero dizer, não posso casar-me
com você!
-Por quê? –
Lillie sentiu uma intensa vontade de chorar – Você queria só se aproveitar de
mim, é isso? – Mandraeke negou imediatamente. Era preciso contar a verdade. O
rapaz correu até ela e a abraçou – Por que você não quer ficar comigo?
-Eu quero. Pelos
céus, como eu quero ficar com você! – ele sussurrou – É primeira vez que me
sinto assim, com vontade de ficar para sempre ao lado de alguém, lhe juro! Mas
não posso – Lillie, angustiada, o encarou – Somos de mundos diferentes
destinados a viver separados – ela se desvencilhou dele – Nascemos para sermos
inimigos, não amantes! – eles se encararam.
-Do que está
falando?
-Meu nome – o
garoto se engasgou com as próprias lágrimas que ele insistia em prender – Meu
nome é Mandraeke Aequoreas, o Amaldiçoado, filho de Dokar, líder dos Viajantes
– Lillie assombrou-se. Os Viajantes era uma frota de lutadores poderosos que
aportavam de ilha em ilha matando e saqueando toda cidade que viam. Eram
inimigos declarados de seu povo desde muito antes do tempo.
-Então o que faz
aqui? Veio me sequestrar?!
-Não! Nunca!
Jamais! – Mandraeke não pode segurar mais as lágrimas – Eu fui amaldiçoado no
meu nascimento e quando completei onze anos fui expulso de meu próprio lar,
pela minha própria mãe! Roubei a espada que forjaram para mim, pois meu pai
negou-me o direito de usá-la! – o corpo do rapaz caiu de joelhos – Estou
vagando sozinho por essa terra há tantos anos com fome e cansaço, escapando de
todos os perigos que o destino colocou em meu caminho... Tudo o que me restou
foi minha missão de passagem... E ainda sim é morte na certa...
Lillie também
chorava.
Apaixonara-se
por aquele garoto magricela que há tanto tempo sofria e agora descobria que o
destino arquitetara contra os dois para que nunca ficassem juntos. Mandraeke
enxugou suas lágrimas e se levantou alegando estar acostumado com o sofrimento
e que ela não deveria se preocupar. Sussurrava que ficaria tudo bem no fim das
contas. Lillie sabia que não e também sentia que aquele era o seu escolhido.
Contos da Meia-Noite
Conto III
Dezoito. Essa era a quantidade horas que meu namorado estava a encarar dois psiquiatras, que se revesavam de vez em quando, e cinco policiais. Tudo o que ele expressava era um efêmero sorriso quando os psiquiatras trocavam de lugar, que sumia tão logo quando os policiais lhe apontavam as armas. Sua respiração compassada por baixo da camisa branca marcava sua tranquilidade. Ele estava amarrado a uma cadeira de ferro soldada no chão. Eu tinha a sensação que ele sabia que eu estava observando-o o tempo todo, do outro lado de um espelho-vidro.
Jeremias, esse é o seu nome. Nunca um nome foi tão temido desde Hannibal Lecter. Um nome bobo, eu sei. Era o que ele sempre me dizia quando dormíamos juntos. "Jeremias... Que nome bobo minha mãe escolheu para mim, não? Poderia ter sido outro..". Quem diria? Lá estava eu fitando, com os olhos vermelhos e molhados de tanto chorar por horas, o homem que sempre amei. Apenas durante uma hora me deixavam entrar no local. Diziam que era um forma de Jeremias contar tudo, mas sua boca estava selada num sorriso macabro. Nem mesmo meus pedidos e clamores o faziam falar.
Fecharam-se as vinte e quatro horas. Nenhuma palavra, nenhum momento de sono, ninguém retrucou nada, seu comportamento estava intacto. Libertaram-no. Não tinham provas de que Jeremias era o culpado por todos os alunos de nossa turma que ficaram psicologicamente transtornados depois de ouvirem sua apresentação de um trabalho de filosofia. Quando voltamos para casa fizemos amor. Jeremias me disse que a única forma de ter se mantido tranquilo fora pensar em mim o tempo inteiro.
-Eu te amo Ana- ele sussurrou, abraçando-me carinhosamente - Eu realmente te amo.
-Eu também - beijamo-nos - Mas por que eles acusaram você?
Novamente aquele sorriso.
Jeremias levantou-se da cama e foi até o guarda-roupa. No caminho, ele terminava de se vestir sem pressa e com certa elegância. Tirou de lá uma mochila grande. Ele a abriu e conferiu todos os objetos que haviam ali: variavam desde roupas até documentos. Em seguida colocou a mochila no canto da porta. Jeremias vestiu apenas uma calça jeans surrada e uma blusa branca, mas retirou do guarda-roupa seu casaco preferido, longo e preto, e vestiu-o. Fiquei observando-o organizar-se como num ritual.
Retirou dois últimos objetos de lá. Eles cintilavam e pareciam serem feitos de ferro. Jeremias notou minha curiosidade e me mostrou os objetos. Duas armas iguais. Ele as colocou na parte de trás de sua calça e foi até a porta. Rapidamente me levantei da cama, pouco me importando com a falta de roupa em meu corpo. Eu o abracei com força, quase querendo tomar as armas dele.
-Até que se prove o contrário, não existe homens inocentes, certo? - ele proferiu - Eu te amo demais para permitir que sofra... - ele me beijou - Não há como provar, mas realmente eu fiz o que eles disseram - Jeremias foi até a cama e pegou um lençol, envolvendo-me com ele - Eu queria provar ao meu professor que a sanidade não existia, independente do que se faça e consegui. Transformei uma turma de alunos em loucos completos, porque essa é verdadeira essência humana...
-Mas o que fará se descobrirem a verdade?
-Eles nunca descobriram, porque a verdade é escura demais para que os olhos deles possam enxergar e nenhuma luz sobre ela poderá dissipar a escuridão, apenas a luz tênue de uma vela.
-Mas do que você está falando?
Ele me beijou.
-Não se preocupe. Algum dia virei libertá-la, tal como eu libertei - ele sorriu - A verdade vem para todos, meu amor, mais cedo ou mais tarde.
Um novo beijo e o vi sair pela porta. Sua sombra foi desaparecendo na medida em que ele ia cerrando a porta atrás de si. Desejei falar-lhe algo, mas minha boca não se movia mais.
-Mas o que fará se descobrirem a verdade?
-Eles nunca descobriram, porque a verdade é escura demais para que os olhos deles possam enxergar e nenhuma luz sobre ela poderá dissipar a escuridão, apenas a luz tênue de uma vela.
-Mas do que você está falando?
Ele me beijou.
-Não se preocupe. Algum dia virei libertá-la, tal como eu libertei - ele sorriu - A verdade vem para todos, meu amor, mais cedo ou mais tarde.
Um novo beijo e o vi sair pela porta. Sua sombra foi desaparecendo na medida em que ele ia cerrando a porta atrás de si. Desejei falar-lhe algo, mas minha boca não se movia mais.
*****
Recorte de um jornal local:
Tiragem de 15/05/2012
Subiu para 67 o número de pessoas encontradas em estado catatônico. Todos os pacientes possuem as mesmas características: posicionadas de maneira vertical, com a face voltada para o alto, nenhum impulso motor evidente, nenhuma resposta a estímulos das mais diversas naturezas, baixos sinais vitais e pouca atividade cerebral. A causa ainda é desconhecida. Médicos afirmam que a causa, apesar de desconhecida, não pode advir de doenças, tampouco de venenos, posto que grupos inteiros foram encontrados na mencionada situação e nenhum indício para tais foram encontrados pela polícia local. O Instituto Médico Legal admitiu, em nota para a imprensa, que apenas uma das 67 vítimas, uma jovem de apenas 17 anos, conseguiu sair do estado vegetativo sem o auxílio de medicamentos, isto é, por conta própria, mas esta foi dada por desaparecida no dia 01/05/2012, depois de receber a visita de seu suposto marido. Nenhum vestígio de fuga fora encontrado no quarto da paciente por nome de Ana. A polícia acredita que ela tenha escapado pela porta da frente juntamente com seu parceiro, no entanto as câmeras de seguranças filmaram o homem sendo revistado por policiais que vigiam o local, e saindo sozinho pela citada porta. Nenhum paciente recuperou-se depois do desaparecimento da jovem.
por Ayanny P. Costa
quinta-feira, 9 de maio de 2013
UMAS PALAVRAS... PONTO FINAL Informa
Caso algum leitor deseja contribuir com obras, literárias ou não para o blog, sejam elas contos, poemas, resumos, resenhas, romances, enfim... As mais diversas criações, aqui apresento um email para isso.
Peço a todos que enviarem suas criações (claro, terão as autorias devidamente colocadas no blog), terão que apresentar as seguintes informações no email de envio:
Assunto: UMAS PALAVRAS PONTO FINAL
Email para enviar: letras.urca.foco@gmail.com
No corpo do email: Nome do autor (obrigatório)
Pseudônimo ou Apelido (facultativo)
Gênero
Assunto do texto
Email para contato
Arquivo contendo o texto
Após a devida análise do texto, um email será enviado confirmando o recebimento e a publicação do texto no blog. Nenhum texto que vai contra os direitos humanos, bem como faça apologia à conceitos preconceituosos sem uma justificativa clara, ou que faça propaganda, bem como conteúdo imoral será publicado.
Obrigada.
Peço a todos que enviarem suas criações (claro, terão as autorias devidamente colocadas no blog), terão que apresentar as seguintes informações no email de envio:
Assunto: UMAS PALAVRAS PONTO FINAL
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Pseudônimo ou Apelido (facultativo)
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Obrigada.
terça-feira, 7 de maio de 2013
Branca de Fome - Parte Final
Branca pega
rapidamente Lampião no colo e corre para fora da fazenda, descalça, pisando na
jurema e ferindo seus pés cheios de calos. Ela corria sem importar com a dor,
queria fugir com o seu cachorro, que tanto amava. Ao olhar para trás viu que
estava sendo seguida pelos mesmos homens que machucaram Toinha e Lampião.
A moça apertou o
passo e não cessou a corrida.
Os homens vinham
a galope e aceleravam.
Enquanto isso as
balas eram trocadas na frente da fazenda. Jango chegara com os reforços para
Venâncio. Trazia consigo mais dez homens, sem contar com o Coronel e seu filho,
Miguel Lourival.
Mal desceram dos
cavalos começaram a disparar contra a fazenda.
-ATIREM!!! –
gritou o Coronel – Eu num quero um cabra desse vivo antes do almoço!!! Matem
tudim!!!
Nesse instante
Rainha surgiu na sacada, ela carregava outra espingarda e atirava contra o
Coronel.
-Ocê tá pensando
que é quem pra chegar na minha propriedade e atirá a torto e a direito!!! –
gritou Rainha.
-Cale a boca sua
jararaca!!! Ocê tá cum a muié que meu fí quer pra casar!!! Liberte ela
ligero!!!
E as balas não
paravam. Dois homens de Rainha já estavam mortos, enquanto Ariovaldo estava com
a perna baleada. Miguel aproximou-se do pai com um revolver empunhado e
atirando.
-Pai! Cadê
Branca?!
-Parece que tá
lá dentro!
-Pois eu vô
buscar ela é agora!!! – gritou o rapaz.
-Nem pensá!!! –
gritou Vieira.
-Oxe e por quê?
É a muié que eu amo!!!
-Ela tá é ali! –
Vieira aponta para um corpo magrinho correndo carregando um pequeno corpo nos
braços e com três homens a cavalo em seu encalço. Miguel correu para seu cavalo
e montou, Vieira e Venâncio fizeram o mesmo para ajudar o rapaz em seu intento.
Ao olhar
novamente para trás Branca caíra, pois tropeçara numa pedra e machucara o seu
dedão. Lampião fora lançado um pouco mais frente, rolando na terra seca,
fazendo poeira subir. Ela chora e se arrasta até o amigo com as poucas forças
que lhe restava. Branca abraça o amigo, que acordara milagrosamente e logo se
pusera na defesa de sua amiga. O cão latia contra os cavalos, assustando-os e
afastando-os o quanto podia de Branca. Um dos jagunços ergueu uma pistola e
mirou no cachorro.
Branca vira e se
colocara no caminho.
-Não!!! – ela
gritara com os olhos fechados, abraçando Lampião e dando as costas ao jagunço.
Ela ouviu um
tiro.
Pensou que era
para si, mas na verdade foi para o jagunço que levantara a pistola e mirara em
seu cachorro. Com olhos marejados e vermelhos, Branca viu o corpo despencar do
cavalo enquanto o animal corria as pressas para longe do atirador, assustado
com o barulho da bala. A moça vê uma batalha travar-se diante de si.
Miguel ao ver um
homem apontar uma pistola contra o cachorro de Branca apertou ainda mais o
passo, fazendo o cavalo quase voar sobre a terra rachada. Então sua visão foi
assombrada por uma cena: Branca coloca-se no caminho da bala abraçando Lampião
no desejo de salvá-lo da morte. Miguel se desespera e atira inconscientemente
no jagunço, amedrontando o cavalo e matando o homem.
Venâncio e
Vieira começam a atacar os outros dois jagunços para que Miguel pudesse chegar
até Branca e salvá-la.
-Venha Branca!
Vamo simbora daqui! – Miguel desce do cavalo e pega a moça nos braços,
colocando-a em seguida sobre o eqüino.
-Lampião! Num se
esqueça de Lampião!!!
Miguel pega o
cão com cuidado e coloca-o sobre o colo de Branca. O canino é recebido aos
mimos e são todos retribuídos a menina através de calorosas lambidas. O rapaz
volta aos galopes à fazenda Raio de Sol, pois Venâncio e Vieira conseguiram
eliminar os outros dois jagunços. Todos se reuniram, no fim do tiroteio, na
varanda quase destruída de Rainha.
João e Jango
foram buscar Toinha depois de muita insistência de Branca. Rainha e seus
jagunços foram todos mortos na contenda. Branca estava salva e estava sendo
cuidada por sua mãe de criação.
Lampião foi
considerado o grande herói de toda a história.
-Eu num tô lhe
dizendo, homem, que o cachorro foi atrás de nois pra dizer que Branca tinha
sido levada!!! – repetia Ariovaldo, com a perna enfaixada, sentado na varanda –
Num foi não Nhô Venâncio?
-Ora se num
foi?! O sinhô Coronel ainda duvida?
-Pois eu tô
precisando dum cachorro desse! – brincou o Coronel.
Todos riram da
brincadeira.
Lampião fora
agraciado com todos os mimos que sua dona e amiga poderia lhe dar. Variando
entre afagos e beijos. Toinha agradecia a todos os anjos e santos do céu por
ver sua filha do coração sã e viva.
O Coronel
aproximou-se devagar de Branca, ajeitando seu chapéu branco sobre a cabeça e
exibindo seu melhor sorriso. Perto de si trazia Miguel, que vinha com os braços
atrás do corpo e pouco de timidez. Branca viu o rapaz e o puxou pela mão para
mais perto de si, ao ponto de que conseguira dar um leve beijo nos lábios
trêmulos do rapaz. Toinha se levantou devagar, com as mãos na cintura,
colocando-se entre Branca e Miguel, se mostrava desconfiada, olhando pelo canto
do olho para o rapaz. Acanhado Miguel voltou para perto do pai.
-Quais é suas
intenções? – resmungou Toinha.
O Coronel
respondeu pelo filho.
-Meu filho casar
cum sua fia! Desde o dia que levou uma baldada dela na cabeça que ele não
esquece essa menina!
-Hum...! Num sei
não!
-Minhas
intenções são boas! – prontificou-se Miguel – Eu só quero dá a vida que Branca
nunca teve na vida! Dá de comer, de beber, o que vestir, um lugá bom pra morar
e proteção!
-Se Branca
quisé... – disse Toinha voltando aos curativos dos pés da menina – Ocê casa!
Mas tem que levá eu junto!
-Eu levo! Eu
levo! Se Branca quisé eu como seu esposo...
-Eu quero! –
disse Branca colocando-se de pé.
Miguel abraçou a
moça e outro beijo, dessa vez mais demorado, foi trocado pelo casal. Os
cangaceiros urraram de alegria juntamente com os jagunços do Coronel. Branca
impôs ainda mais duas condições para se casar com Miguel: primeiro, Lampião
iria com ela e seria seu cão de guarda, segundo, os cangaceiros seriam seus guarda-costas
pessoais.
O Coronel
aceitou ambas as condições.
Todos foram a
galope para a fazenda do Coronel organizar o casamento de Branca com Miguel.
Alguns tiveram que dividir os cavalos entre duas pessoas, pois Toinha foi
também.
-Mas me diga meu
filho – o Coronel chegou perto, com seu cavalo, do cavalo cuja Branca, Miguel e
Lampião iam montados – Cuma é o nome dessa moça? Por que ocê sabe que ela tem
que assinar um documento.
Miguel nem
precisou responder. Sua noiva se ocupou com isso.
-E qual é?
-Branca!!!
Branca de Fome - parte 5
Branca mostrou a
língua a Rainha quando a mesma virou o rosto para frente. A menina temia que
Venâncio não soubesse o que Lampião estava querendo demonstrar no momento em
que o cão o encontrasse. Temia que não fosse salva e temia, ainda mais, ser
vendida a um homem que desconhecia as mania e que se mostrava vulgar.
Rápido como um
pé de vento Lampião encontrou o bando de Venâncio. Seu faro aguçado jamais lhe
abandonara, principalmente nos momentos mais precisos como aquele. Ao ver o
ancião de chapéu de couro escorado a um juazeiro e Venâncio sentado a sombra do
mesmo partiu em disparada até ele.
Cada segundo era
importante.
Lampião tinha
que ser preciso e direto, se não sua amiga iria para longe e ele nunca mais a
veria.
O resto dos
homens conversava folgadamente sobre banalidades que viram e ouviram na cidade.
Venâncio, graças aos seus instintos já treinados, sentiu que alguma coisa se
aproximava dali. Levantou-se e segurou com firmeza sua espingarda. Vieira
seguiu o olhar de Venâncio e procurou o que poderia estar alarmando o líder do
grupo.
Viu uma nuvem de
poeira aproximar-se com rapidez.
Ajeitou os
óculos redondos diante do nariz e se concentrou no intuito de entender o que
estava acontecendo. Venâncio relaxou ao ver que era Lampião que se aproximava
as pressas, ao contrário de Vieira.
O cachorro
chegou e começou a latir com ferocidade.
O cangaceiro não
entendeu a atitude do canino.
-Oxe Lampião! O
que é que tu quer?
E cachorro
latia, dando saltos e rodopios, sempre direcionando seu focinho para a direção
de onde viera. Vieira, sagaz como era, entendeu o que o animal estava tentando
repassar.
Segurou no ombro
de Venâncio com preocupação.
-Venâncio,
homem, vamo simbora!
-Que foi cabra?
-Oxe que Lampião
tá aqui, mas Branca num tá! Homem! Esse cachorro só larga a menina quando ela
tá tomando banho e mal! Fica vigiando a porta como quem diz que ninguém vai
chegá perto! Venâncio vamo simbora! Vai que o cachorro tá dizendo que Branca
foi levada!
-E num é que é
mermo! Chico das Pedas! – o robusto homem queimado pelo sol com um chapéu de
couro semelhante ao de Vieira se aproximou – Vá ligero até a casa de seu
Coronel Rodrigues dos Matos Alencar e diga que a menina que tinha prometido pra
casar com o sinhorzinho Miguel foi levada por Rainha!
-Sim sinhô!
-E ande cabra!
Vá mais rápido que chuva em seca!!! Cuide!!!
Chico das Pedas
subiu em seu cavalo e foi rápido cidade a dentro, levantando uma densa nuvem de
poeira.
-Vamo os homem!
Vamo atrás daquela cobra criada e tirá Branca daquele buraco do demônio!
Os homens
gritaram ao comando do líder e subiram em seus cavalos. A carreira foi uma só.
Lampião ia à frente, guiando fielmente os cangaceiros até a sua antiga morada.
O canino estava disposto a dar a vida por sua salvadora e amiga. Mesmo sem
palavras, Lampião dizia “Eu te amo” todas as vezes que deitava no colo de
Branca, à noite, quando a menina ia dormir. Amava-a mais que o próprio Miguel,
quase igual a Deus.
Em duas horas já
estavam diante das porteiras da fazenda Raio do Sol. As portas da casa estavam
bem guardadas por alguns jagunços de Rainha, todos empunhavam espingardas e
todos eles exibiam caras maldosas. Mas isso não intimidou Venâncio.
Ele levantou sua
arma para o alto e deu um tiro de aviso.
-Se num deixá
Branca ir simbora cum nois, tu vai levar sal grosso nos couro Rainha!!! –
gritou Venâncio – Ocê num vai saí viva nem que num queira se num deixá Branca
saí!!!
Os jagunços de
Rainha começaram a atirar nos cangaceiros, contudo esses já estavam acostumados
com os tiroteios e não arredaram o pé dali, em respostas atiravam nos jagunços.
Lampião aproveitou essa distração e se embrenhou pela jurema que contornava a
fazenda, para chegar sem ser percebido a porta dos fundos como sua dona lhe
ensinara.
O som das balas
atingindo as paredes da casa, de homens sendo atingidos e xingando a própria
sorte acordou Rainha de seu sono de beleza. Branca, que estava na cozinha
amarrada dentro de um armário, começou a gritar desesperadamente por ajuda.
Toinha, sentindo
um forte aperto no peito, libertou a menina. Branca abraçou sua mãe de criação
e decidiu ali mesmo que a levaria consigo para cozinhar para o bando de
Venâncio, Toinha aceitou sem pensar duas vezes. Nesse momento Lampião chegou
aos pulos, latindo forte para assustar que estivesse na cozinha.
Branca apertou o
amigo em seus braços, banhando o canino com suas lágrimas de alegria e estima.
O cachorro lambia o rosto da menina mostrando em seu linguajar o quanto estava
feliz em vê-la viva e bem.
Os três decidem
sair por trás da fazenda, mas era tarde.
Rainha chegou
repentinamente com mais três jagunços e prendeu Branca depois de muitas tapas
que Toinha deu em dois dos três jagunços. A negra caiu desmaiada no chão da
cozinha no momento em que um terceiro jagunço atingiu-a com o cabo da
espingarda na cabeça.
Branca chorou em
desespero.
-Mamãe!!! –
gritou a menina – Minha mamãe!!!
O mesmo
aconteceu ao Lampião.
-Lampião!!! – a
menina segura com firmeza uma panela e atinge a cabeça do jagunço que a
segurava.
CONTINUA...
sábado, 4 de maio de 2013
Tem coisas que merecem nossa atenção.
Bom dia visitantes!
Sentiram minha falta? Pois bem, venho por meio destas informar uma boa e uma má notícia. Qual vocês querem primeiro? Oh, dúvida cruel! Darei as duas então...
Sabem aquele cara que se perguntava "Que país é esse?" quando via o Brasil sofrendo, aquele cara que nos confortava dizendo que "O sol vai voltar amanhã mais uma vez", aquele cara que falava do amor entre "Eduardo e Mônica", que era e "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã", e que no fim das contas acreditava na "Geração Coca-cola"? Conhecem?
Essa é boa notícia: estreou ontem, em todo o Brasil (exceto no Juazeiro, e essa é a má, porque o cinema só vai abrir em Agosto... A gosto de Deus) o filme Somos Tão Jovens, contando um pouco da vida do cara que influenciou uma Legião inteira de jovens por todo o país.
Seguem os cartazes do filme e o trailler.
Divirtam-se!
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